Castelo templário, atualmente inexistente, ergueu-se à margem do rio Zêzere, afluente do rio Tejo, integrando a chamada Linha do Tejo
Antecedentes
A Freguesia de Praia do Ribatejo foi uma
antiga vila e sede de Concelho.
Denominava-se, então, Pay Pelle (ou Pay de
Pelle) e possuía Câmara Municipal e Juiz
Ordinário.
O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península
Ibérica, no contexto da conquista de
Santarém e de Lisboa (1147), a região foi
dominada pelas forças de no reinado de D.
Afonso Henriques (1112-1185). Como
recompensa pelo auxílio nessa campanha, o
soberano fez extensa doação de terras na
região à Ordem dos Templários, na pessoa de
seu Mestre em Portugal, D. Gualdim Pais
(1159), com a responsabilidade da defesa da
chamada Linha do Tejo. Para esse fim, foi
erguida uma linha de fortificações
compreendendo, além deste, os castelos de
Almourol, Idanha, Monsanto, Pombal e Tomar,
seus contemporâneos.
Visando atrair povoadores para esta povoação
e freguesia de Santa Maria do Zêzere, sua
primitiva denominação, a Ordem outorgou-lhe
Carta de Foral em 1174, datando
possivelmente deste período a edificação do
castelo.
O castelo localizava-se entre a vila e a
primitiva Igreja Matriz. Pay de Pelle
constituiu-se em Comenda da Ordem do Templo
até 1311. Com a extinção da Ordem, o seu
patrimônio em Portugal foi transferido para
a Ordem de Cristo, constituindo-se em
Comenda desta Ordem entre 1319 e 1843,
quando da extinção das ordens religiosas no
país.
O nome Pay de Pelle figura no Foral Novo
concedido por D. Manuel I (1495-1521) à vila
em 22 de Dezembro de 1519.
Sede de Concelho até ao início do século XIX,
com o nome de Paio de Pele, a partir de 9 de
Setembro de 1927 a vila passou a designar-se
por Praia do Ribatejo.
Atualmente, do antigo castelo medieval
restam apenas alguns vestígios, uma vez que
deu lugar ao cemitério de Praia do Ribatejo,
vizinho à antiga Igreja Matriz.