Castelo de
Penamacor

Vista
Geral da Cidade |

Casa da
Câmara |

Torre de
Menagem |
Localização Administrativa:
Castelo Branco, Penamacor
Cronologia:
Época de construção século XIII / XIV / XVI /
XVII
1189 povoamento e doação a D. Gualdim Pais,
Mestre da Ordem do Templo; provável construção
do Castelo integrando hipotéticas
pré-existências castrejas; 1199 concessão de
carta de foral por D. Sancho I, ratificada em
1209; provável início da construção do Castelo
por D. Sancho I; 1300 provável construção da
segunda cintura muralhada do castelo, da torre
de menagem e da cerca urbana, por D. Dinis;
finais do século XIII e início do século XIV,
obras de renovação do Castelo e construção da
barbacã, por D. Fernando e D. João I; inicio do
século XVI, levantamento efectuado por Duarte de
Armas, representando cerca urbana e barbacã, o
Castelo com dupla cintura muralhada e torre
isolada no lado oposto; obras de renovação e (re)
construção da Torre de Vigia por D. Manuel;
meados do século XVII renovação das estruturas
defensivas no contexto das guerras da
Restauração, sendo Governador de Armas da Beira
o marquês de castelo Melhor, através da
construção de seis baluartes; 1739 destruição da
Torre de Menagem por uma faísca, quando
funcionava como paiol; século XVIII alteração
dos vãos da Casa da Câmara; 1834 retirada da
guarnição militar; progressiva destruição das
muralhas, cujos materiais foram reaproveitados
em diversas construções civis; 1867 demolição da
Porta dos Carros e aquisição da pedra pelo
município; 1933 entulhamento da cisterna ou Poço
D’ El Rei pelo município; existiam cinco portas:
Porta de Stº António, Porta dos Carros e três
portas no recinto do Castelo.
Arquitectura e Arte:
Cerca urbana de
traçado ovalado irregular, da qual apenas
subsiste um troço de muralha desprovida de
merlões entre a Casa da Câmara e a Torre de
Menagem, apresentando janela de lintel recto e
junto da qual existem duas gárgulas de canhão,
assim como o arranque da muralha no lado Sul. A
Torre de Menagem ou Torre do Relógio encontra-se
adossada pelo exterior ao troço subsistente da
cerca urbana. De planta quadrangular tem
embasamento biselado, dois registos cegos, e
porta em arco quebrado parcialmente entaipada no
primeiro registo no alçado Oeste, sendo encimado
por baixo-relevo representando um cavaleiro.
Adarve rematado por merlões pentagonais,
integrando, no ângulo Nordeste, campanário de
planta quadrada com quatro aberturas sineiras em
arco pleno e cobertura piramidal, com relógio no
lado Norte. Casa da Câmara está integrada na
cerca urbana erguendo-se sobre a Porta da Vila
junto ao Pelourinho. Tem planta rectangular,
evoluindo com dois andares. Alçado Norte marcado
por Porta da Muralha em arco quebrado, tendo
superiormente, duas janelas em arco abatido com
chiado a decorar a pedra de fecho e friso
saliente. Ostenta as armas reais com as esferas
armilares. Alçado Sul rasgado por Porta da
Muralha com duplo arco pleno, tendo lanço de
escadas de acesso ao piso superior, este marcado
por porta e janela de lintel recto, ladeadas
pelas armas concelhias, tendo, ainda, janela
idêntica ao alçado oposto. Remates em cornija,
sustentando cobertura a quatro águas. A Torre de
Vigia tem planta quadrada com três registos. No
alçado Este sobre o embasamento biselado
sucedem-se o primeiro e terceiro registos cegos,
sendo o segundo rasgado por porta de lintel
curvo, encimada por inscrição ilegível. Alçado
Norte com embasamento escalonado e biselado de
grande altura, ostenta as armas reais, ladeadas
por esferas armilares e enquadradas em moldura
rectilínea a nível superior. Alçado Oeste possui
embasamento semelhante ao anterior, apresentando
seteira ao nível do segundo registo e janela de
lintel recto sem moldura no terceiro. Alçado Sul
com embasamento escalonado e biselado,
parcialmente adossado a afloramentos rochosos
que se integram na construção, tendo adarve
rematado com cachorrada composta por mísulas de
recorte tripartido. Interior de dois pisos,
definidos a partir da porta situada acima do
nível do solo, com pavimentos em madeira.
baluartes subsistentes, tendo, o contíguo à Casa
da Câmara, cortinas escarpadas, integrando duas
canhoneiras (lado Norte); parcialmente integrado
num afloramento rochoso, junto ao lado Sul do
antigo Convento de Stº António, desponta outro
baluarte; um quarto baluarte, conhecido como
Reduto da Cavalaria, situa-se no local do
Quartel da Guarda Fiscal (lado Norte). Baluarte,
conhecido como Reduto do Outeiro, situa-se junto
da Rua Outeiro (lado oeste).
Caracterização geral da área e densidade
populacional: Penamacor é uma Vila, sede de
Concelho e de Freguesia, distrito de Castelo
Branco, diocese da Guarda. O Concelho tem 12
freguesias. A norte faz limite com o Concelho do
Sabugal, a sul com a Idanha-a-Nova, a oeste com
o Fundão e a leste faz fronteira com a Espanha.
Acessos:
Para quem vem do Sul, para Penamacor – a
E.N.233; para quem vem do Norte pela Guarda – a
E.N.233 e para quem vem de Leste, de Espanha – a
E.N.233-3. Internamente o Concelho está servido
de uma boa rede de estradas municipais.
Horário de abertura:
Encontra-se sempre aberto
Contactos:
Junta de Freguesia de Penamacor
Telefone:
277 39 45 64
Caracterização da Envolvente
Alojamento:
Residenciais:
·
Nossa Senhora do Incenso;
·
O Zé Galante;
·
O Fontanhão
Estalagem
da Vila Rica
Parque de campismo
do Freixial
Restauração:
·
O Zé Galante;
·
O Fontanhão;
·
Giesta;
·
O Depósito;
·
Dois Pinheiros;
·
O Caçador;
·
Piscina;
·
O Poço
Gastronomia:
·
Pãezinhos com Chouriço;
·
Sopa de Feijão Frade do Campo;
·
Sopa Antiga de Alcains;
·
Bacalhau à Moda de
Envendos;
·
Panela do forno;
·
Maranhos;
·
Cabrito Estonado à Moda
de Oleiros;
·
Tijeladas de Castelo
Branco;
·
Broas de Penamacor
Festas e Feiras:
·
Nossa Senhora do Incenso;
·
Nossa Senhora do Bom
Sucesso;
·
Nossa Senhora da Póvoa
Museus:
Museu Municipal de Penamacor - Arqueologia
Bibliografia
ALMEIDA, João; Roteiro dos Monumentos Militares
Portugueses, Lisboa, 1948;
ALMEIDA, José António Ferreira; Tesouros
Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980;
BARBOSA, Inácio de Vilhena; As Cidades e Vilas
da Monarchia Portugueza, Lisboa, 1860;
BEÇA, Humberto; Castelos de Portugal, Os
Castelos da Beira Histórica, Porto, 1922;
CABRITA, Augusto; Os Mais Belos Castelos de
Portugal, Lisboa, 1988;
DIONÍSIO, Sant’Ana; Guia de Portugal, Lisboa,
1984;
HORMIGO, José Joaquim; A Beira Baixa vista por
Artistas Estrangeiros (Séc. XVIII – XIX),
Castelo Branco, 1983;
LANDEIRO, José Manuel; O Concelho de Penamacor
na História, na tradição e na Lenda, Penamacor,
1938;
LEAL, Pinho; Portugal Antigo e Moderno, Lisboa,
1873;
NUNES, António Lopes Pires; A Vila de Penamacor
na História da Arte em Portugal, in Estudos de
Castelo Branco, n.º 2, Castelo Branco, 1977;
PERES, Damião; A Gloriosa História dos mais
belos Castelos de Portugal, Porto, 1969. |