Em 960, o castelo de Numão pertencia,
juntamente com outros, a D. Châmoa Rodrigues que o doou ao convento
de Guimarães, através de sua tia, a Condessa Mumadona. Deve,
entretanto, ter sido ocupado pelos mouros, pois, segundo alguns,
Numão terá sido reconquistado por Fernando I, o Magno, de Leão, em
1055.
A sua planta é de configuração irregular
e quase não apresenta ameias; possui três portas (a do Poente, a do
Arco e a de S. Pedro), torre de menagem e mais quatro torres.
O castelo primitivo deve ter sofrido
bastante nas lutas com os mouros, levando a que nele se realizassem
obras de melhoramento, em 1189, no reinado de D. Sancho I.
Vestígio ainda dessa época - século XII - é um Cristo
de bronze esmaltado, de Limoges, que pode ser apreciado em Numão e
testemunhará a presença de cruzados franceses nas lutas contra o
Islão.
A Igreja de Santa Maria, construída
dentro do castelo e hoje em ruínas, apesar de tantas adulterações
sofridas ao longo dos tempos, mostra bem a sua traça românica.
Extra-muros existe uma Necrópole com
sepulturas cavadas na rocha, junto às ruínas da antiga Capela (ou
igreja) de S. Pedro.
É monumento nacional, conforme
Decreto-Lei de 16/6/1910 .
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