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CASTELO
NOVO |
Situa-se
na encosta Leste da Serra da Gardunha a 650 m de altitude.
Em 1223 já existia o castelo como se comprova
pelo testemunho de D. Pedro Guterri.
No séc. XIV D. Dinis manda remodelar a
fortificação e, em 1510 é de novo melhorada por D. Manuel. Em
1740 está quase na ruína e, em 1758 sofre derrocada devido a um
sismo.
O castelo é de arquitectura militar, gótica e
manuelina e era pólo militar de povoação ( hoje Castelo Novo é
uma das dez Aldeias Históricas de Portugal ).
Tinha planta longitudinal irregular. É
possível perceber a Cidadela com duas portas ( Este e Oeste ).
A Torre de Menagem encontra-se praticamente
destruída no topo Oeste. No troço da muralha Oeste ainda existem
adarves, ameias e merlões em bom estado de conservação.
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Os vestígios
arqueológicos conhecidos sugerem uma ocupação humana do
território provavelmente desde o Calcolítico, projectando-se
num crescendo de testemunhos que se referem às Idades do
Bronze e do Ferro e se consolidam na colonização romana.
Desta podem ainda encontrar-se troços das suas vias e
vestígios de explorações mineiras, para além de múltiplos
outros achados.
Além da sugestiva natureza dos próprios topónimos "Castelo
Velho" e "Castelo dos Mouros", os respectivos lugares,
situados a sudoeste e a leste da povoação, são referenciados
como possíveis locais de remoto povoamento fortificado.
A existência de Castelo Novo, cuja índole medieval
transparece ao primeiro olhar, é comprovada documentalmente
no início do séc. XIII, no reinado de D. Sancho I, com a
designação de Alpreada, pelo foral outorgado por D. Pedro
Guterres, seu donatário, e sua mulher Ausenda Soares, em
Maio de 1202, segundo o modelo coevo da Covilhã. Tal carta
de foro - que veio a servir de modelo ao foral de Lardosa
(povoação vizinha) em Fevereiro de 1233 -, e que apenas tem
par; enquanto foral antigo, no Escarigo (de 13 de Setembro
de 1296), confere a Castelo Novo a maior antiguidade de
todos os antigos concelhos existentes na circunscrição do
actual município do Fundão.
Abandonada, Castelo Novo foi doada aos Templários, mais
tarde Ordem de Cristo, para que se fizesse o seu
repovoamento e para que fosse assegurada a posse dos
domínios reconquistados aos muçulmanos.
Em 1290 D. Dinis dá-lhe novo foral tendo mandado novamente
repovoar e reconstruir o Castelo. No tempo de D. Dinis esta
área foi arborizada com castanheiros, formando belíssimos
soitos.
Com D. Manuel, que manda reconstruir o Castelo, é-lhe dado
Foral Novo a 1 de Junho de 1510. Datam dessa época o
Pelourinho e a Casa da Câmara que exibe as armas manuelinas
e que tem ainda implantado na sua frontaria um belo chafariz
de três bicas, também manuelino.
Em 1557, aquando do Numeramento Joanino, Castelo Novo é
vila.
EM 1667 a assistência a pobres e doentes é feita pela Santa
Casa da Misericórdia que é comum a Castelo Novo e
Alpedrinha.
Na primeira metade do séc. XVIII Castelo Novo sofre novo
impulso construtivo, possivelmente com o ouro vindo do
brasil, como atestam a sua Igreja Matriz (1732) e o Chafariz
da Bica, encimado pelas armas de D. João V.
Só no século passado Castelo Novo perdeu a prerrogativa de
município, mantida ao longo de 634 anos: em 1835 foi
integrado no concelho de Alpedrinha e depois, a 24 de
Outubro de 1855, anexado, com este, ao concelho do Fundão. |
A recuperação
dos edifícios e do espaço de Castelo Novo vai no sentido de
realçar os vestígios do seu passado histórico susceptíveis
de atrair e fixar visitantes a caminho da Serra da Estrela.
Pretende assim gerar-se a dinamização das actividades
económicas, sociais e culturais, nomeadamente das ligadas ao
turismo. |
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