Pela sua localização em zona fronteira, a evolução histórica de
Castelo de Mendo está profundamente ligada à vocação militar de
defesa e consolidação do território nacional. Supõe-se que a
estrutura urbana do aglomerado date dos primeiros tempos da
Monarquia.
Crê-se que terá sido um castro neolítico, sobre o qual os
romanos assentaram um oppidum, com três ordens de muralhas,
importante na ocupação militar e administrativa. Por ali
passavam também as vias romanas de ligação a Almeida e à Guarda.
Com as invasões dos bárbaros e, mais tarde, dos muçulmanos,
Castelo Mendo caiu em ruínas. E assim D. Sancho I a terá
encontrado, tendo ordenado a reedificação do seu castelo e
concedendo-lhe foral em 1186, com muitos privilégios.
D. Sancho II mandou reforçar e ampliar muralhas, concedendo-lhe
novo foral em 1239.
D. Dinis, em 1285, remodelou o Castelo e ampliou de novo a cerca
das muralhas; deu-lhe também Carta de Feira, a 18 de Dezembro de
1281, criando assim, talvez, a primeira feira portuguesa, para o
que foram concedidos muitos privilégios: a feira era anual e
decorria durante 15 dias, entre finais de Abril e princípios de
Maio. Em 1295 D. Dinis deu de novo foral a Castelo Mendo,
ampliando os privilégios já concedidos, e nomeou como Alcaide D.
Mendo Mendes, na origem do seu topónimo.
D. Fernando manda de novo restaurar as muralhas, já no último
quartel do séc. XIV.
Durante a crise de 1383-85 D. João de Castela, casado com D.
Beatriz, filha de D. Fernando, terá passado por Castelo Mendo
quando invadiu Portugal.
Esta fortificação desempenhou um papel de assinalada importância
durante a época medieval (sempre que os conflitos com Castela
ameaçavam a integridade do território nacional) e também no séc.
XIX (Invasões Francesas e lutas liberais).
Com D. Maria I foi criada, em 1782, a primeira escola oficial.
Castelo Mendo foi sede de concelho até 1855, tendo passado então
a integrar o concelho do Sabugal; mais tarde, em 1870, passou a
pertencer ao concelho de Almeida.
A vocação militar de
Castelo Mendo
Pela sua localização em zona de fronteira, a
evolução histórica de Castelo Mendo está profundamente ligada à
vocação militar de defesa e consolidação do território nacional.
Crê-se que terá sido um castro neolítico sobre o qual os romanos
assentaram um "oppidum", com três ordens de muralhas, importante
na ocupação militar e administrativa. Com as invasões dos
bárbaros e mais tarde, dos muçulmanos, Castelo Mendo caiu em
ruínas. Assim, a deve ter encontrado D. Sancho I tendo
reedificado o seu castelo e concedido-lhe o foral O castelo
romano-gótico situa-se num cabeço a 762 metros de altura de
altitude e inclui dois núcleos urbanos amuralhados, donde se
destaca o recinto do castelo na zona mais elevada.. Em Março
de1229, D. Sancho renova-lhe o foral e ordena o reforço e a
ampliação do castelo. Concede-lhe também Carta de Feira. Nesta
Carta fica estabelecida a realização da Feira, pela Páscoa, de
São e de São Miguel, que tinha a duração de oito dias e um
mercado de pão, carne e peixe. A feira é considerada a primeira
oficial do reino. O local da realização desta feira é
desconhecido, mas julga-se que deveria decorrer junto à Porta da
Guarda, na Rua da Praça. Em 1281 é tornada Feira Franca por
determinação de D. Dinis. Esta passou a ter uma periodicidade
anual e uma duração de 15 dias. Decorria entre finais de Abril e
princípios de Maio. É este monarca que em 1285 ordena
remodelações e ampliações ao castelo e que dá novo foral a
Castelo Mendo, nomeando como alcaide D. Mendo Mendes, o que veio
originar o topónimo da povoação.
Em 1510, D. Manuel outorga-lhe
novo foral. No último quartel do século XIV, D. Fernando ordena
novo restauro das muralhas. Castelo Mendo terá sido ponto de
passagem de D. João de Castela, casado com D. Beatriz, filha de
D. Fernando, por alturas da crise de 1383-85 quando invadiu
Portugal. Filipe IV fez desta vila cabeça de condado a favor de
D. Jerónimo de Noronha, segundo filho dos condes de Linhares.
Esta fortificação desempenhou um papel de assinalável
importância durante a época medieval, sempre que os conflitos
com Castela ameaçavam a integridade do território nacional, e
também no século XIX, com as guerras da Restauração, e no século
seguinte pelas Invasões Francesas e lutas liberais.
Esta freguesia foi sede de
concelho até 1855, época em que passou a integrar o concelho do
Sabugal. Em 1870 foi transferida para o concelho de Almeida
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