VIDIGUEIRA
O castelo, do qual
ainda é visitável a torre de menagem, terá sido
a residência do conde. Na torre do relógio
guarda-se também a memória do navegador, o sino
com as armas dos Gamas gravadas, foi oferecido à
vila por este Senhor
A primeira
referência documental sobre a vila da Vidigueira
até agora conhecida, data de 1255, altura em que
com a fundação do Mosteiro de S. Cucufate foi
instituida a respectiva paróquia e estabelecidos
os limites da mesma, fazendo-se já nessa
escritura menção da mesma.
É natural que as suas origens remontem a
período anterior ao da última conquista, que se
situa em 1235, não havendo contudo nenhum
documento que esclareça este ponto
0 primeiro
donatário desta vila foi Mestre Tomé, tesoureiro
da Sé de Braga e leal servidor do Rei D. Afonso
III.
Em conformidade
com o encargo que recebera ao ser-lhe feita a
doação, Mestre Tomé terá, mandado povoar o local
que depressa se desenvolveu, tendo-lhe sido
igualmente atribuida a edificação da igreja
consagrada a Santa Clara, que foi a primeira
matriz.
De 1304 a 1315, segundo testemunha a
escritura então lavrada, a vila da Vidigueira
pertenceu ao rei D. Dinis e em 1285, D. João I
doou-a ao contestável D. Nuno Alvares Pereira.
Estes
factos documentam a importância que a vila teria
na altura.
Em 1496, fol fundado na Vidigueira o Convento
de Nossa Senhora das Relíquias, pertencente à
Ordem do Carmo
Por carta
passada em Évora a 29 de Dezembro de 1519, D.
Manuel concede a D. Vasco da Gama, Almirante da
Índia, o titulo de Conde da Vidiqueira, com
todas as honras, graças e privilégios que tinham
os condes do reino
A casa da
Vidigueira, fundada pelo ilustre Navegador,
levou decerto a que a povoação se desenvolvesse
e que o seu nome ganhasse prestígio |