Endereço
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Castelo de Elvas,
Sítio do Castelo
7350-060 Elvas |
Freguesia |
Alcáçova |
Concelho |
Elvas |
Distrito |
Elvas |
Tipo de Gestão
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Instituto Português do Património Arquitectónico
(IPPAR) |
Responsável
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Drª Ana Carvalho Dias, Direcção Regional de
Évora (DRE-IPPAR) |
Implantado numa zona raiana, vocacionada desde
sempre, para a defesa e protecção do reino, o
Castelo de Elvas data do reinado de D. Sancho II,
embora sofresse ampliações importantes no reinado
seguinte. Assenta sobre uma estrutura muçulmana, da
qual ainda se conservam duas cinturas de muralhas.
Tomada a
cidade aos mouros, sucessivamente em 1166 e 1220, e
só defintivamente em 1226, o castelo foi
imediatamente reedificado e concluído em 1228.
No reinado de D. Dinis introduziram-se algumas
inovações ao nível das coberturas e outros elementos
de apoio, como os torreões e os matacães. Nos
séculos seguintes, D. João II e D. Manuel I
adaptaram o castelo rumo a um novo sistema
abaluartado, de gosto
renascentista, ao mesmo tempo que todo o conjunto
foi assumindo um carácter mais residencial, a cargo
dos alcaides da cidade. Sobrepujando as portas de
entrada deparamos com a pedra de armas de D. João
II, datando essa campanha construtiva. Foi esta
dupla função castelo/residência que melhor
caracterizou o conjunto até à grande reforma militar
de meados do século XVII, época em que o Castelo de
Elvas passará a ser um dos mais notáveis conjuntos
abaluartados da Europa, devido à premência da defesa
em pleno ciclo de guerras de fronteira (1641-1668).
A obra de fortificação coube ao engenheiro Padre
Cosmander e a outros mestres, para o efeito chamados
à corte portuguesa por D. João IV e D. Afonso VI.
Destaca-se, desta campanha, o complexo sistema de
muralhas, revelins, fossos, bem como duas fortalezas
secundárias, as de Santa Luzia e da Graça.
Apesar das grandes transformações sofridas ao longo
da História, o Castelo de Elvas mantém a sua
estrutura militar medieval e é reconhecidamente um
dos mais importantes casos de sobreposição de
funções e de evolução das concepções
estratégico-militares ao longo da História
portuguesa. |