História
Diz-se que Alter do
Chão foi fundada no ano 204 a.C. quando estava povoada pelos
romanos. Uma prova disso é a ponte romana de Vila Formosa,
elevado com seis arcos ornamentados com olhos, para evitar as
inundações. A ponte tem cerca de 9 metros de altura e 116 de
comprimento, e devido à sua, até hoje não tem sofrido nenhuma
reparação. Posteriormente, a vila seria destruida por ordem do
imperador Adriano por se rebelar contra Roma.
No reinado de Dom Sancho II, em 1232, é outorgado pelo Bispo da
Diócese da Guarda, Dom Vicente, o Primeiro Foro de Alter.
Mais tarde, em 1249, Dom Afonso III concedeu o foro, o qual foi
renovado por Dom Dinis e Dom Pedro I, em 1359, ano no qual foi
construido o castelo, recebendo um novo foro no ano de 1512 por
Dom Manuel. Foi senhor da povoação o condestável Dom Nuno
Álvarez Pereira por doação de Dom João I, figurando assim Alter
incorporada à Casa de Bragança.
O seu famoso castelo, com cinco torres e portal gótico, foi
construido em 1359, por Dom Pedro I. O seu aspecto austero
contrasta com a colorida praça que surge aos seus pés, o Largo
Doze Melhores de Alter, enfeitado com flores.
A vila possui belas casas dos séculos XVI e XVII (como o
elegante palácio do Álamo que agora alberga o Escritório de
Turismo, uma galeria de arte e uma biblioteca), e as suas ruas
refletam a vida tranquila duma população, quase enteiramente
dedicada à agricultura.
Mas Alter é sobretudo conhecida pelo seu Acavalherado, fundado
em 1748 para produzir cavalos de raça lusitana para a Equitação
Real. Estábulos de aspecto atraente, exibidos em branco e ocre
do Acavalherado Real, estão rodeados por 300 hectares de terra
onde o famoso cavalo lusitano Alter Real ainda pode ser
admirado.
O Acavalherado prosperou até as invasões francesas (1807 - 15),
e depois sofreu um longo período de decadência; anos de
dedicação têm contribuido para a sua recuperação e a Escola
Portuguesa de Arte Eqüestre está lá para demonstrar os
excelentes resultados obtidos.
Em 1748, Dom João V construiu o famoso Acavalherado Real. Nele
encontram-se os famosos cavalos de raça de Alter do Chão, que
são conhecidos em qualquer lugar.
A região tem uma paisagem invejável, onde abundam aves como a
Abetarda, o Sisão, o Tartaranhão Caçador, o Milhano Preto e a
Cegonha Branca.
Além de mais, estão os vistosos conventos, fontes, templos ou
palácios, e outros lugares como os Jardins da Casa do Álamo,
edificada no século XVI, cujos formosos silhares de azulejos e a
perfeição dos tetos pintados, causam uma grande admiração.
Devido à sua natureza rural, Alter do Chão dedica-se
essencialmente à produção de cereais e de cortiça.
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