No destruido paço do castelo,
viveu durtante alguns anos a duquesa D.Beatriz de Lencastre,
bisneta de D.João II, viúva de D. Teodósio I de Bragança, e nele
se casou, em Junho de 1604, sua filha D. Isabel, com o marquês
de Vila real D. Miguel de Meneres. O casamento foi celebrado
pelo bispo de Elvas D. António de Matos de Noronha.
Entre 1943-46, e mais
recentemente no nao de 1958, o Ministério das Obras Públicas
efectuou alguns trabalhos de restauro no monumento, nem sempre
orientados com a clarividência necessária.
O castelo e a cerca medieval da
vila, na sua estrutura e volumes originais dos fundamentos
dionisanos, conservam, com ligeiras modificações, o recinto
ducentista, abstraindo a destruição da barbacã, a qual se
ultimou em 1778, aquando da obra dos novos Paços do Concelho, e
a urbanização da Alameda.
A planta é sensivelmente ovulada,
compõe-se de Castelejo, cintado por quatro torres - três
angulares, e a de Menagem - dominando o eixo ocidental da
amuramento, e a Cerca da Vila, de maior extensão, onde existe a
Igreja Matriz, e a única artéria do burgo, a antiga Rua do
Castelo.
As muralhas são compostas por
dois tipos de merlões. Uns de capacete piramidal e de forma
rectangular, e ainda seteiras muito estreitas, primitivas e
mediévicas.
O castelo teve duas portas,
actualmente obstruídas: A dos Paços, ou da Traição, esta situada
na face ocidental da muralha, com um arco redondo de mármore.
A cadeia Comarcã, anexa, situa-se
encaixada num recanto setentrional e trata-se de uma obra
modesta de alvenaria e caiada de branco. Foi construída entre
1786-93 pelos mestres alvancos João Tiago da Fonseca e o
arrematante Estevão José. Tem quatro janelas na frontaria,
vulgares, todas gradeadas, portada e rompente do beiral do
telhado ostenta o Sino de Correr . No interior teve celas para
homens e mulheres, alçapões, segredo e a residência do cadeeiro.
A Torre de menagem, é um promenor
exemplar e subresaindo de todo o amuralhamento do castelo. De
imponunte volume e robustez, a sua planta é sensivelmente
quadrada, com mais de 20 metros de altura e mais de três de
espessura. è maciça até ao andar da ronda, tendo no seu interior
duas salas sombrias.
O topo de gárgulas arredondadas
de mámore, posteriores, outrora ameiado e hoje de balcãp
corrido, foi valaorizado em 1774, com a construção da torrela do
relógio mediante licença do governador das armas da província,
Manuel Bernardo de Melo e Castro, durante a presidência
municipal do dr. Francisco Lopes Sarafana Correia da Silva, e
com a colaboração do povo.
http://www.alentejodigital.pt/alandroal/altotal.htm