Forte de S.
João da Foz do Douro |
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Mandado edificar no final do
séc. XVI, durante o domínio
espanhol (1580-1640), para
defesa da costa e da entrada do
Douro. No local existia uma
antiga igreja e hospício dos
monges beneditinos de Stº Tirso.
Remodelada no séc. XVI, em
estilo renascença, veio a ser
absorvida pelo castelo. Este
serviu, durante o Cerco do Porto
(1832-33), para protecção do
desembarque do abastecimento à
cidade. |
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Forte S.
Francisco Xavier |
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Construído no séc. XVII para defesa
costeira contra as incursões de
piratas do Norte de África, no sítio
do "Queijo", uma penedia cuja forma
singular deu nome ao local.
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A muralha Fernandina veio substituir
a antiga cerca alto-medieval, que no
século XIV se mostrava demasiado
pequena face ao desenvolvimento da
cidade.
Atento a esta situação, o Rei D.
Afonso IV determinou, em 1336, a
construção de uma nova muralha.
Porém, esta só ficaria concluída
cerca de 1376, já no reinado de D.
Fernando, de quem conservou o nome.
A nova muralha tinha uma extensão de
3000 passos e 30 pés de altura. Era
guarnecida de ameias e reforçada por
numerosos cubelos e torres
quadradas, que excediam em onze pés
a muralha, com excepção das torres
que defendiam as Portas de Cimo de
Vila e do Olival, que subiam 30 pés
acima desse nível.
Actualmente, encontram-se apenas à
vista o pano de Santa Clara -
restaurado nos anos 20 - e o trecho
de S. João Novo.
O traçado da Muralha começava no
Postigo do Carvalho, que se chamou
de Santo António do Penedo, em honra
do Santo da Hermida que lhe ficava
próximo, e mais tarde Postigo do
Sol, quando foi reconstruído com
maior imponência pelo corregedor
João de Almada e Melo, em 1774.
Seguia pelo local onde se encontra o
Governo Civil e o Teatro S. João,
passando depois à Rua de Cimo de
Vila, onde existia uma outra Porta,
a de Cimo de Vila. Continuava em
direcção ao Sul pela Calçada de
Santa Teresa e Viela da Madeira até
à Porta dos Carros, junto à Igreja
dos Congregados. Esta Porta veio
substituir, em 1551, o Postigo aí
existente, construído por Ordem
Régia de D. João I, em 1409, a
pedido da Câmara para conveniência
do serviço das hortas que ficavam
próximas e para entrada dos carros
de pedra para reconstrução das casas
da Rua Chã que tinham ardido. Esta
Porta, demolida em 1827, tinha a
ladeá-la duas torres. |

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A muralha continuava em linha recta
ao longo do extinto Convento dos
Lóios, actual edifício das Cardosas.
Aqui estava a Porta de Santo Elói,
demolida por acordo entre os padres
Lóios e o Senado da Câmara para
alargamento do Largo dos Lóios.
Seguia pela calçada dos Clérigos e
Rua da Assunção até à Cordoaria, ao
tempo vasto olival, onde existia a
Porta do Olival. Descia em direcção
à Rua do Calvário. Nos terrenos onde
se encontra actualmente a Igreja de
S. José das Taipas ficava a Porta
das Virtudes. Seguia pelo rio pelo
noroeste da Rua da Cordoaria Velha
atravessando a Rua da Esperança onde
havia uma Porta com o mesmo nome,
assim chamada por existir próximo a
capela de Nossa Senhora da
Esperança. A muralha continuava até
ao rio, pelo sítio onde estão as
Escadas do Caminho Novo até à Porta
Nova na margem do Douro.
Esta Porta aberta, em 1522, por
ordem do Rei D. Manuel I, veio
substituir e alargar o Postigo da
Praia. Foi demolida em 1872 quando
se abriu a Rua Nova da Alfândega.
Era por aqui que se fazia a entrada
solene dos Bispos quando vinham
ocupar o cargo. Era uma das
principais portas da cidade. No
Museu Nacional Soares dos Reis
existem, a lápide coeva de D.
Fernando, com o escudo Real, que
rematava o primitivo postigo e que
se manteve quando da reconstrução, e
a lápide e pedra de armas, colocadas
quando da Restauração.
A muralha continuava paralela ao Rio
até subir para Santa Clara.
Da Porta Nobre até ao Terreirinho
tinha os postigos: dos Banhos, o do
Pereira ou Lingueta.
No Terreirinho, próximo da antiga
Alfândega, existia o Postigo do
mesmo nome, demolido em 1838.
Continuava em direcção ao Postigo do
Carvão, o único que ainda existe e
assim chamado por ser por aí que
entrava o combustível que ficava em
depósito na Fonte Taurina. Mais
adiante havia o Postigo do Peixe. A
seguir ficava a Porta da Ribeira,
voltada a Leste, demolida em 1774
por ordem de João de Almada e Melo,
quando se decidiu construir a Praça
da Ribeira. Esta foi a primeira
Porta da cidade onde se gravou a
inscrição alusiva à consagração de
Portugal a Nossa Senhora da
Conceição, decretada por D. João IV.
Existiam ainda mais quatro postigos,
o do Pelourinho, o da Forca, o da
Madeira e o da Areia. Depois deste
último a muralha deixava de
acompanhar o rio e subia até à Porta
do Sol.
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A primeira cintura de muralhas, data
dos mais recuados séculos da Idade
Média, atribuindo-se aos reis Suevos
a sua construção. Escavações
arqueológicas levadas a efeito junto
ao único trecho sobrevivente, fazem
pensar que a sua origem remontará à
época romana mais precisamente à
crise que assolou o Império, nos
finais do século III d.C.
Situava-se na zona elevada da Pena
Ventosa, local de grande importância
estratégica para o controlo da
passagem do Douro.
Têm-se arquitectado diversas
hipóteses sobre a época da sua
reconstrução. No entanto, devido à
tipologia do muro e cubelo
subsistentes, é muito provável que
aquela tenha ocorrido na primeira
metade do século XII, após a doação
do burgo, por D. Teresa, ao bispo D.
Hugo (1120).
Esta cerca tinha quatro portas ou
entradas.
A porta principal era o arco de
Vandoma (o arco e a capela de
Vandoma foram demolidos em 1855 pela
Câmara Municipal) que ficava a
nascente do burgo, entre o Largo da
Sé e a rua Chã, dantes denominada
Chão das Eiras. Daqui a muralha
rodeava o monte seguindo de perto as
Escadas das Verdades, onde ficava o
Arco ou Porta das Mentiras (também
conhecido por Arco das Verdades).
Cruzava então pelo alto do Barredo
fazendo um ângulo sobranceiro ao Rio
da Vila. Aqui se situava o Arco ou
Postigo de Sant'Ana ou das Aldas e,
continuando, ia dar ao Arco ou Porta
de S. Sebastião, onde se recurvava
em zig-zag para fechar o círculo.
Entre estas duas portas, de encontro
ao talude de muralha, e com entrada
principal para o Adro da Sé, foi
construída no final da Idade Média,
a primeira Casa da Câmara, cuja
ruína ainda pode ser admirada.
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