O castelo
medieval
A partir do
século XIII, uma
nova fase
construtiva se
inaugura, com o
abandono do troço
norte da muralha
romana e um
crescimento da urbe
em torno da
Sé-Catedral. Existem
poucas informações
acerca desta fase,
tão somente as de
que, sob o reinado
de D. Dinis
(1279-1325),
iniciou-se uma nova
cerca, complementada
por uma torre de
menagem. As obras
progrediram com
lentidão e, no
reinado de D.
Fernando
(1367-1383), a nova
cerca se mostrou
ineficaz, permitindo
a invasão da cidade
por tropas de
Castela na década de
1370. Durante a
crise de 1383-1385,
Braga, juntamente
com outras cidades
do norte de
Portugal, manteve-se
fiel ao partido de
Castela. Entretanto,
tendo o novo
soberano sido
aclamado nas Cortes
de Coimbra de 1385,
a cidade
franqueou-lhe as
portas. D. João I
(1385-1433) também
dispensou cuidados a
essa defesa, a
partir de quando a
cerca foi reforçada
com novas torres, de
planta quadrangular.
Do século XVI
aos nossos dias
A partir do
século XVI,
entretanto, a perda
da sua função
defensiva era
comprovada pela
quantidade de
edificações
adossadas à cerca,
pelo exterior.
No século XX os
restos da sua torre
de menagem e alguns
troços da muralha
medieval foram
classificados como
Monumento Nacional
por Decreto
publicado em 23 de
Junho de 1910.
A partir do
século XIII a cerca
da cidade passou a
apresentar planta
aproximadamente
circular. A
combinação entre a
pesquisa
arqueológica e a
documental permite
reconstruir o seu
traçado em linhas
gerais, embora se
desconheça a
localização precisa
das portas (das
quais se tem notícia
de, ao menos,
quatro) e das
torres. A partir da
chamada Porta
Nova, construção
setecentista que
substituiu uma das
suas primitivas
portas, corria a
nor-nordeste pelo
traçado da Rua dos
Biscainhos, balizava
pelo norte o então
chamado Campo da
Vinha, e virando a
sueste pelo traçado
da Rua dos
Capelistas ia
entestar com a
muralha propriamente
do castelo, após o
que, volvendo
sucessivamente a
sudoeste, ao sul, a
nordeste e de novo
ao norte, passava
pelo Campo e Torre
de São Tiago, Largo
das Carvalheiras e
Largo de São
Miguel-o-Anjo, para
concluir na Porta
Nova.
A leste, a torre
de menagem, é o
principal
remanescente do
castelo erguido sob
o reinado de D.
Dinis. De planta
quadrada, em estilo
gótico, ergue-se a
aproximadamente 30
metros de altura,
dividida
internamente em três
pavimentos. No alto,
uma janela geminada
e matacães nos
vértices. No topo
uma coroa de ameias.
Na torre e no alçado
oeste, as
pedras-de-armas de
D. Dinis.